Cultura Alemã abre o calendário dos Domingos Musicais de 2025 no aniversário de Joinville
- Redação - Em Foco
- 4 de mar.
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A Homenagem ao Imigrante resgata a trajetória do mestre em tinturaria Carl Friedrich Gustav Hoepfner, que desembarcou na colônia em 1855. Na ocasião, com a presença do tataraneto Adalberto Hoepfner, será depositada uma coroa de flores no túmulo da família. A celebração está marcada para às 8h e faz parte da programação organizada pelo Executivo municipal para a data.
Em seguida, às 10h30, o palco dos Domingos Musicais recebe o refinado jazz do Quarteto Revoada e, na sala de exposições, a mostra “As Colônias Alemãs no Norte de Santa Catarina (Região Sul do Brasil)”, do fotógrafo Peninha Machado.
O presidente de honra da Cultura Alemã, Carlos Adauto Virmond, destaca que “a exposição traz um grande painel com imagens que retratam a trajetória dos imigrantes durante a colonização de Joinville e região, cuja base são ilustrações e fotografias centenárias, que representam, sem dúvida, um inestimável acervo histórico.”
Sobre Carl Friedrich Gustav Hoepfner – A origem familiar procede da Alemanha, cidade de Jena, Turíngia. Carl Friedrich Gustav Hoepfner, nasceu em 19 de fevereiro de 1830. Se formou em tinturaria na universidade de Jena e iniciou sua jornada de aperfeiçoamento através das províncias alemãs. Com a esposa, Johana Brockmann, e o primeiro filho, Eduard, de apenas cinco anos, deixou o porto de Hamburgo em 22 de maio de 1855 e desembarcaram na Colônia Dona Francisca no dia 2 de agosto.
Por necessidade do ofício de mestre em tinturaria, se estabeleceu próximo a riachos onde hoje é a rua Independência, próximo ao morro Kaesemodel. Seus produtos atendiam São Francisco do Sul, Itajaí e, mais tarde, Desterro (Florianópolis) onde viria a instalar uma filial da tinturaria. O “velho tingidor” como era conhecido popularmente, faleceu no dia 20 de junho de 1915 aos 85 anos.
Sobre o Quarteto Revoada – O recém-criado grupo musical é formado pelos instrumentistas Alex Reimann (acordeom), Judson Dinali (guitarra), Michel Falcão (baixo) e Cadu Floriani (bateria). Com um repertório que transita pelo jazz e pela música instrumental, o quarteto foca em composições autorais e versões próprias de standards consagrados, explorando a liberdade criativa que é a essência do jazz.
“Revoada traduz a fluidez, o movimento e a leveza que definem a improvisação musical. Assim como o voo de pássaros em revoada é imprevisível e dinâmico, o som do quarteto é marcado pela constante busca por inovação e diálogo musical”, diz o guitarrista Judson Dinali.
Sobre a exposição – Na sala reservada da Cultura Alemã, o fotógrafo Peninha Machado vai expor 24 imagens inspirados na litografia de Mühl Meister e Jöhler, produzida em Hamburgo em 1898. O quadro estava entre os pertences do seu tio-bisavô nascido na República Tcheca. A gravura conta um pouco da história de Joinville e do Vale do Itajaí.
Esse trabalho se baseou no relatório de viagem de Franz Giesebrecht (1866-1917) que incluía ilustrações bico-de-pena de Paul Hutscha (1872-1935) e fotografias produzidas pelo estúdio de Carlos Van Zeska e Carlos Wiese, de Joinville, e de Franz Scheidemantel e Alvin Seliger, de Blumenau.
Peninha Machado é reconhecido em Joinville pelos anos de trabalho no jornal “A Notícia”, Associação Empresarial (Acij) e Bombeiros Voluntários.
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