
A venda de veículos automotores novos e seminovos em setembro registrou alta de 19,33% na comparação com o mesmo mês de 2021. No mês passado foram comercializados 335.304 unidades, ante 280.979 em setembro do ano passado. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou os dados de setembro.
Na comparação com agosto, as vendas registraram queda de 3,26% em setembro. Já no acumulado de janeiro a setembro deste ano, houve alta de 2,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados da Fenabrave levam em conta as vendas de automóveis e comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários.
No setor de seminovos, os lojistas estão bastante otimistas com as vendas. Em conversa com a nossa equipe de reportagem, o empresário Diego Richter, que atua a quase dois anos na venda de carros seminovos disse que as vendas cresceram ainda no período da pandemia, já que as montadoras não podiam atender a demanda de clientes que queriam um zero km. Foi neste período que lojistas como ele aproveitaram para alavancar as vendas e atender o desejo dos clientes que procuram produtos de qualidade com preço mais acessível.
Diego aposta ainda mais no crescimento de carros seminovos, pois diz que neste período que antecede o final do ano, muita gente aproveita para trocar de carro, e é aí que as lojas lançam promoções atrativas e condições de pagamento que favorecem o consumidor.
Segmentos
As vendas de automóveis e comerciais leves tiveram elevação nas vendas em setembro de 26,76% em relação ao mesmo mês de 2021. Já na comparação com o mês anterior, agosto de 2022, houve queda de 7,12%. No acumulado do ano, foi registrada queda de 5,08% em relação ao mesmo período de 2021 para o segmento.
No caso de caminhões todos os índices ficaram negativos em setembro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda é de 4,02%. Na comparação com agosto, a retração foi de 9,81%. De janeiro a setembro, a queda foi 1,8%, na comparação com o mesmo período de 2021.
"Essa queda se deve à falta de componentes e ao fato de que caminhão é algo muito específico, feito por encomenda, com tecnologia muito maior do que a dos outros veículos".
As vendas de implementos rodoviários apresentaram crescimento de 7,73% na comparação com setembro do ano passado, mas tiveram queda de 5,39% ante agosto deste ano. No acumulado de janeiro a setembro a queda foi de 8,19%.