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Universidades do Paraná vão mapear estudantes paranaenses com autismo

Foto do escritor: Redação - Em Foco Redação - Em Foco



O Governo do Estado investiu R$ 712 mil para implementar o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Ações da Diversidade Educacional (Neade) nas universidades estaduais do Paraná. A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e tem como objetivo identificar estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede pública de ensino fundamental, médio e superior, em todo o território paranaense. O intuito é elaborar políticas públicas para o suporte adequado aos alunos.


As universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (Uenp) e do Paraná (Unespar) contam com estrutura física e equipe de trabalho com professores e bolsistas para o desenvolvimento do projeto.


A coordenadora do Neade na Unespar, Rosangela Trabuco, explica que os estudantes com TEA estão presentes em todos os níveis de ensino, mas no ensino superior o tema ainda é relativamente novo. “Os estudantes estão nas universidades, mas ainda não sabemos quantos são e em quais cursos estão. É preciso realizar novos estudos, desenvolver políticas públicas, pois o nosso objetivo é conhecer a realidade do Paraná para intervir”, afirma.


Ela afirma que a pesquisa será em três etapas. “A partir do nosso grupo de estudo com representantes das sete instituições, faremos a pesquisa quantitativa e análises qualitativas e apresentaremos à comunidade os resultados identificados por meio de atividades extensionistas e produção acadêmica”, salienta.


CONDIÇÃO – O transtorno do espectro autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento. A condição demanda metodologias de aprendizagem específicas, que variam de pessoa para pessoa, conforme esclarece a professora Ana Barby, coordenadora do Neade da Unicentro. “Cada um tem a sua necessidade porque cada aluno tem as suas características, as suas necessidades e potencialidades. Temos estudantes com a linguagem bem preservada, temos alunos que não falam, ou seja, o atendimento que os alunos necessitam e o tipo de suporte é bem diferenciado”, enfatiza.


Ela esclarece, ainda, que todos os níveis de ensino devem estar preparados e qualificados para receber os estudantes e auxiliar no aprimoramento de cada um. “Esse é o desafio da instituição de ensino hoje, seja do básico ou superior, identificar qual é a necessidade e oferecer uma forma que atenda a sua necessidade”, diz.


PROJETO – As instituições de ensino superior do Paraná atuam em rede nesse projeto de pesquisa. Em todas as universidades há um espaço físico e equipamentos para receber a comunidade acadêmica para orientações e explicações sobre o TEA. A iniciativa terá duração de dois anos. Ao final será publicado um e-book com todo o material produzido pelos pesquisadores.

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