Ministério da Saúde monitora caso suspeito de gripe aviária em humanos

Um caso suspeito de gripe aviária em humanos está sendo monitorado pelo Ministério da Saúde.

O paciente de 61 anos está em isolamento e é acompanhado por equipes de saúde no Espírito Santo.

O homem, que tem sintomas gripais leves, é funcionário do Parque Municipal de Vitória, onde uma ave com a doença foi encontrada.

Segundo o Ministério da Saúde, amostras do paciente e de mais 32 pessoas que trabalham no parque vão ser analisadas pela Fiocruz.

A Secretaria de Saúde do Estado fechou o parque e disse que a vigilância sanitária está também em Cariacica e Marataízes, onde duas outras aves contaminadas foram encontradas.

O Ministério da Saúde disse que não existem casos confirmados da gripe aviária em humanos no país.

A doença é transmitida pelo contato com aves doentes, vivas ou mortas, ou locais contaminados, mas o vírus raramente infecta pessoas. É o que explica o infectologista Leonardo Weissmann.

O infectologista destaca que quando a contaminação acontece, pode ser fatal. Por isso, nos primeiros sintomas gripais, o médico deve ser consultado nas primeiras 48 horas. Confirmada a doença, se entra com o remédio.

A medida tem alta eficácia e diminui muito as chances de complicações, mas o infectologista reforça as dicas para evitar a gripe aviária.

A Secretaria de Agricultura do Espírito Santo esclareceu que não há risco no consumo de carne e ovos porque a doença não é transmitida pelo consumo.

Já entre as aves, a transmissão é alta e pode provocar morte e prejuízos. Por isso, a Secretaria também disse que reforçou as ações de vigilância, fiscalização e educação sanitária no estado.

No final de março, o Ministério da Agricultura e Pecuária suspendeu por 90 dias no país exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves.

Alem disso, segundo a pasta, a notificação da infecção pelo vírus da gripe em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre da doença, por isso outros países não devem impor proibiçoes ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.

Edição: Raquel Mariano / Alessandra Esteves