Inadimplência atinge 66 milhões de consumidores
- Redação - Em Foco
- 18 de abr. de 2023
- 2 min de leitura

O número de inadimplentes no país voltou a crescer em março de 2023 e atinge 66 milhões de brasileiros, um recorde da série histórica do levantamento. O Indicador realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,58%) estavam negativados em março deste ano. Em março de 2023 o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 8,32% em relação ao mesmo período de 2022.
Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em março deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de fevereiro de 2023 para março de 2023, o número de devedores cresceu 1,01%.
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (13,18%).
O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em março está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,84%), são 16,37 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa. Tal montante equivale a 47,96% do total desta deste grupo etário. A inadimplência segue bem distribuída entre os sexos: 51,06% mulheres e 48,94% homens.
“O consumidor necessita de um ambiente mais equilibrado economicamente para conseguir sair da inadimplência. A renda ainda está muito baixa e os juros altos. Além disso, temos a questão da educação financeira e dos gastos por impulso que contribuem negativamente para esta realidade da inadimplência no país”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
CADA NEGATIVADO DEVE, EM MÉDIA, R$ 3.974,73. MAIOR PARTE DAS DÍVIDAS SÃO COM BANCOS
Em março de 2023, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.974,73 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 2,05 empresas credoras.
Os dados ainda mostram que cerca de três em cada dez consumidores (31,99%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 46,35% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.
Em março de 2023, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 19,18% em relação ao mesmo período de 2022. O dado observado em março deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de fevereiro/2023 para março/2023, o número de dívidas apresentou alta de 1,81%.
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