Escritor catarinense David Gonçalves lança livro “Algo rói no peito”

O escritor David Gonçalves – integrante da Academia Catarinense de Letras e da Academia Joinvilense de Letras – lança no dia 28 de setembro, às 10h30, na Livraria O Sebo, o livro ‘Algo rói no peito’. São quinze contos impactantes, por vezes agressivos, desiguais, mas profundamente humanos. Os textos deixam o leitor com o coração nas mãos, mas, sobretudo, conduzem a duras reflexões sobre a vida.

Os contos foram escritos em tempo e situações diversos. A linguagem, fluida, aberta, dotada de mobilidade e de capacidade de renovação constante, brota da terra e bebe água das formas simples, como o mito, a legenda, a lenda, os ditados, os provérbios, os causos etc.

“Não há neles uma revolução na linguagem ou na própria forma – o conto hermético nunca me cativou. Adotei a objetividade, desprezando os desvios e atalhos narrativos, os subterfúgios linguísticos, mantendo-me no âmago da questão. Alguns deles não passam de formas simples atualizadas, essa fala cristalizada coletiva incrustada no inconsciente coletivo”, conta o autor, complementando: “eles têm cheiro de terra, de suor, de gente simples”.

David Gonçalves é autor de trinta livros, algum dos quais publicados também no exterior, entre contos, romances, histórias infanto-juvenis e ensaios. Nesta extensa obra, destacam-se Geração viva, O sol dos trópicos, Sangue verde, Pés-vermelhos e os Caçadores de aranhas.

Sobre a obra de David, escreveu o escritor Gilberto Mendonça Teles: “A sua inabalável fé na literatura e a consciência de que é no folclore que reside o melhor tema da literatura autenticamente nacional são outras coordenadas que motivam e estruturam a produção de David Gonçalves. Daí a sabedoria de seus contos, tocados de fantasmagorias, criando um tipo de literatura, com sua linguagem verdadeiramente popular, mas um popular trabalhado para ser popular, pois ele sabe extrair da literatura oral as forças vivas de suas narrativas, todas elas comprometidas com os destinos sociais do homem brasileiro.”