
Menos de um ano após anunciar que Bruce Willis foi diagnosticado com afasia, a família do ator divulgou um diagnóstico mais específico: o artista, de 67 anos, tem um tipo de demência, hoje sem cura, chamado de demência frontotemporal (FTD, na sigla em inglês).
Segundo dois médicos entrevistados pela BBC News Brasil, a afasia — o comprometimento da linguagem, manifestado pela dificuldade de falar ou entender outras pessoas — é um primeiro sinal frequente da demência frontotemporal. A afasia pode ter várias causas, como um AVC ou uma infecção cerebral, mas quando relacionada a uma demência como a frontotemporal ou o Alzheimer e outros sinais, é caracterizada como afasia progressiva primária (APP).
De acordo com um estudo publicado em outubro de 2022 na revista científica Nature Communications, a FTD é responsável por 5 a 10% dos casos de demência. O tipo mais comum de demência é o Alzheimer.
O neurologista Gustavo Franklin explica que, como diz o nome, a demência frontotemporal afeta as regiões frontal e temporal do cérebro. Há uma variante da doença que se manifesta, como em Willis, nas dificuldades de linguagem (mais associada ao impacto na região temporal). Existe também uma variante marcada por alterações no comportamento (ligada à região frontal).
Em uma nota assinada pelas cinco filhas de Willis, pela atual esposa, Emma Heming, e pela ex-esposa, Demi Moore, a família agradeceu pelo carinho dos fãs e anunciou o novo diagnóstico.
“Infelizmente, desafios na comunicação são apenas um dos sintomas que Bruce enfrenta. Embora seja algo doloroso, é um alívio finalmente ter um diagnóstico claro”, diz a nota.
Em março de 2022, ao divulgar que o ator tinha afasia, a família anunciou também que ele se aposentaria da carreira de ator.
por: BBC