Censura Política: Jornalista da RIC Record é demitida a pedido de Deputado Bolsonarista
- Redação - Em Foco
- 16 de set. de 2022
- 2 min de leitura

Carol Romanini, Jornalista do Grupo Ric, afiliada da Record no Paraná, foi demitida após pressão de um deputado bolsonarista, Felipe Barros do PL. De acordo com a FENAJ, Federação nacional dos Jornalistas, o deputado rem forte influência dentro da linha editorial da emissora paranaense, e teria relacionado a jornalista às agressões qie ele e sua equipe de campanha sofreram no sábado dia 10, para justificar a demissão da Jornalista. Vale lembrar que há relatos de que a mesma também foi demitida unicamente por usar uma roupa na cor vermelha, e a emissora ter assemelhado isso ao partido PT.
Em nota, a FENAJ afirma que o dono do Grupo RIC no Paraná, Leonardo Petrelli Neto, é ativo na campanha a reeleição do presidente Bolsonaro e que tem histórico de assédio nas eleições. Na segunda-feira (12), um dia antes da demissão de Carol, um comunicado enviado no grupo do WhatsApp, orientou os repórteres da empresa que aparecem em programas na televisão a não usarem as cores vermelho e bordô. Nas mensagens fica subentendido que a determinação tem a intenção de não vincular a emissora às cores de campanha do ex-presidente Lula.
A proibição de usar roupas avermelhadas levantou suspeitas de que a jornalista teria sido demitida por motivações políticas. Em nota, a RIC TV afirma que a motivação da demissão foi estratégica, para readequar a grade do horário do almoço. “A rescisão do contrato da apresentadora nada tem a ver com eleição. Ela era da área do entretenimento. Ontem, inclusive, a apresentadora da Hora da Venenosa de Curitiba, a Cecilia Comel, estava de rosa e vermelho. Mas tem relação com a reestruturação do horário do almoço em todas as emissoras da RICtv (são 4: Curitiba, Oeste, Londrina e Maringá). Em Londrina, particularmente, o programa vinha tendo baixa performance de audiência e de faturamento, o que acabou antecipando as mudanças”.
O caso está sendo investigado pelo Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná e pelo Ministério Público do Paraná. Tudo indica perseguição politica.
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