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Automedicação de pets traz riscos à saúde de animais e humanos

  • 14 de fev. de 2024
  • 5 min de leitura



Tomar um medicamento analgésico, anti-inflatmatório ou um relaxante muscular, é um hábito comum. Mas a automedicação é, muitas vezes, um risco à saúde não apenas dos seres humanos como, também, dos animais de estimação.


Também como acontece entre as pessoas, a automedicação dos pets costuma ocorrer em situações consideradas mais corriqueiras, tais como problemas de pele, distúrbios gastrointestinais, parasitas externos, distúrbios respiratórios leves, dores musculares ou articulares.


No entanto, de acordo com o médico veterinário José Eduardo de Oliveira, a administração de medicamentos sem prescrição pode acarretar um série de problemas tanto para os animais, quanto para os humanos envolvidos.


“Dificuldade no diagnóstico adequado, agravamento das condições, efeitos colaterais causados por interações medicamentosas com outros remédios, toxicidade, resistência a antibióticos, dificuldade de dosagem, má administração e, até mesmo, risco para os humanos são alguns riscos que a automedicação pode vir a causar”, explica Oliveira, coordenador do curso de medicina veterinária da Life Unic Education, faculdade premium de Joinville.


Entre os possíveis efeitos adversos, o toxicidade é um dos riscos que pode levar o animal à morte. De uso comum entre os humanos para alívio de dores e inflmações, medicamentos como o ibuprofeno e o paracetamol pode ser extremamente tóxicos para animais de estimação, especialmente para gatos e cães.


“O paracetamol (Acetaminofeno) é especialmente tóxico para gatos. Mesmo em pequenas quantidades, pode causar danos irreversíveis ao fígado. Cães também podem ser sensíveis ao paracetamol, e a administração desse medicamento sem orientação veterinária pode ser perigosa. Já o ibuprofeno é tóxico para cães e gatos. Pode causar úlceras gástricas, insuficiência renal e outros problemas graves”, alerta o veterinário.


Desenvolvimento de superbactérias


Outra prática preocupante em relação à automedicação de pets, é a administração inadequada de antibióticos que são comercializados sem obrigatoriedade de prescrição médica em clínicas e lojas de artigos para agropecuária.


Entre os principais problemas que podem ser causados pelo uso indiscriminado de antibióticos é o desenvolvimento de superbactérias que podem não apenas agravar as condições de saúde do animal como, também, afetar as pessoas ao seu redor.


Segundo o veterinário José Eduardo, o tratamento com antibióticos é fundamental para diversas condições em animais como cães e gatos. Mas a prescrição médica é imprescindível.

E ele explica: “Veterinários geralmente prescrevem antibióticos específicos, ajustados para a espécie, peso e condição do animal. O não cumprimento das instruções veterinárias pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana. Além disso, a preocupação com o uso de antibióticos em animais de estimação também está relacionada ao fato de que algumas bactérias podem ser transmitidas entre animais e humanos. Portanto, o desenvolvimento de superbactérias em animais de estimação pode representar um risco para a saúde pública”.


Exemplos de bactérias comumente associadas a animais de estimação e que podem desenvolver resistência, são: Escherichia coli, comum no intestino de mamíferos, incluindo cães e gatos, cujas cepas resistentes podem causar infecções gastrointestinais e urinárias em humanos; Staphylococcus aureus, que pode ser encontrada na pele e nas mucosas de animais e humanos e suas cepas resistentes podem causar infecções graves em humanos; e a Campylobacter spp, encontrado frequentemente no trato gastrointestinal de animais, principalmente em aves, pode causar infecções gastrointestinais em humanos.


A transmissão de bactérias resistentes de animais para humanos pode ocorrer por meio do contato direto, contato com fezes contaminadas, ingestão de alimentos contaminados e outras vias. A resistência bacteriana pode tornar o tratamento de infecções em humanos mais desafiador, aumentando a gravidade e a duração das doenças.


Relação entre pets e tutores: carinho e respeito pelo espaço de cada um

Cada vez mais próximas, as relações entre tutores e seus pets são benéficas para ambas as partes, proporcionando companheirismo, afeto e benefícios emocionais e físicos.


No entanto, o veterinário José Eduardo de Oliveira reforça que é importante considerar alguns fatores ao determinar os limites de contato físico entre animais e humanos, especialmente para garantir a segurança e o bem estar de todos os envolvidos na convivência.


“Não há um limite universal rígido para o contato físico entre animais e humanos, mas é crucial considerar as necessidades individuais do animal, respeitar seus limites e garantir um ambiente seguro e saudável para todos. A comunicação, observação e o cuidado mútuo são fundamentais para uma relação positiva entre tutores e seus animais de estimação, conclui.


Confira, a seguir algumas dicas para garantir a segurança e o bem-estar dos pets e seus tutores:

• Respeitar os limites do animal: Cada animal tem sua própria personalidade e preferências. Alguns animais podem ser mais afetuosos e tolerantes ao contato físico, enquanto outros podem preferir mais espaço. Respeitar os limites individuais do animal é fundamental para evitar estresse ou desconforto.


• Observar sinais de desconforto: Prestar atenção aos sinais de desconforto ou estresse é crucial. Se um animal mostra sinais de agitação, evitação, rosnados, orelhas baixas, entre outros comportamentos indicativos de desconforto, é importante dar espaço ao animal.

• Ensinar boas maneiras: Treinar e educar o animal desde cedo sobre boas maneiras e limites pode ajudar a estabelecer uma relação saudável. Isso inclui ensinar comandos básicos, respeitar o espaço pessoal e utilizar técnicas positivas de reforço.


• Saúde e segurança: Além dos aspectos comportamentais, é essencial considerar a saúde e a segurança. Certos animais podem ter condições médicas que tornam o contato físico desconfortável. Além disso, é importante garantir que as interações físicas estejam livres de riscos, como mordidas ou arranhões acidentais.


• Vacinação e higiene: Garantir que o animal esteja com as vacinas em dia e manter práticas de higiene, como lavar as mãos após lidar com animais, é fundamental para prevenir a transmissão de doenças zoonóticas (transmissíveis entre animais e humanos).


• Crianças e animais de estimação: Supervisionar as interações entre crianças e animais é especialmente importante. Crianças devem ser ensinadas a respeitar os animais, evitando comportamentos que possam causar estresse ou desconforto.


Evento discute saúde e relação com pets


A “Relação homem animal e a resistência aos antimicrobianos”, será tema da palestra comandada pelos professores José Eduardo Basílio de Oliveira e Simona Renz Baldin, no “Life Unic Experience”.


Realizado pela faculdade Life Unic Education, o evento é direcionado a futuros profissionais que sonham em fazer uma graduação na área da saúde, mas que desejam conhecer mais sobre as diferentes profissões e trará atividades relacionais aos cursos de Psicologia, Medicina Veterinária e Odontologia.


O Life Unic Experience acontece no dia 20 de fevereiro (terça-feira), das 14h às 19h, no 1º andar do Shopping Mueller Joinville. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo WhatsApp (47) 98862-0148.


Com mais de 20 anos de experiência no ensino superior focada exclusivamente na área da saúde, a Faculdade Premium Life Unic oferece, em Joinville, estrutura de excelência, equipada com laboratórios completos, fazenda com animais de pequeno e grande porte para os estágios em Medicina Veterinária, e Instituto de Treinamento em Cadáveres Frescos (ITC) para aulas de anatomia humana.


Além disso, os cursos dispõem de atendimento comunitário em todas as disciplinas, proporcionando maior prática e expertise dos alunos durante todo o período de formação. Para tanto, as matrizes curriculares são diferenciadas, focadas em gestão e empreendedorismo, para que os alunos saiam aptos para o mercado prático e empreendedor de suas profissões.

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