200 Anos da Independência do Brasil
- Redação - Em Foco
- 6 de set. de 2022
- 2 min de leitura

O 7 de setembro deste ano terá um marco importante: 200 anos da independência do Brasil, proclamada em 1822 por Pedro de Alcântara, quarto filho do rei de Portugal, Dom João 6º, que havia retornado a Portugal no ano anterior.
Dom Pedro foi deixado no Brasil como o príncipe regente. Em quadros e livros de história, ele costuma ser retratado como um herói que bradou por liberdade às margens do riacho Ipiranga.
A construção dessa mitologia vai desde detalhes, como o animal que D. Pedro montava no dia da proclamação, até o passo a passo do próprio processo de independência.
Mas, 200 anos depois, especialistas apontam o que provavelmente é mito e o que pode ser verdade sobre a Independência do Brasil.
O quadro Independência ou Morte! tem mais ficção que realidade
Independência ou Morte!, a enorme tela a óleo de 4,15 metros de altura por 7,60 metros de comprimento pendurada no Museu do Ipiranga, foi pintada pelo brasileiro Pedro Américo. Até hoje, a obra é responsável por alimentar o senso comum sobre a Independência do Brasil.
Pedro Américo pintou D. Pedro montado a cavalo, com espada em punho, e rodeado por uma comitiva que incluía integrantes da guarda real – todos também em seus cavalos. Em um ato teatral, o príncipe regente proclama a independência de forma heróica. Historiadores, no entanto, explicam que não foi bem assim que o ato da separação oficial entre Brasil e Portugal aconteceu.
“Américo pegou elementos dos relatos que aconteceram em 1822 e os usou como inspiração para montar a cena, cuja função era elevar os símbolos da monarquia e da proclamação da independência”, diz Schneider. Isso explica porque alguns elementos da pintura diferem de fatos históricos.
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